Mais um ano político...
Imagem ilustrativa |
Esta é uma postagem atípica. Não
costumo falar sobre esse assunto (política) no blog. Mas estive lendo uns
textos na Internet, lembrando alguns fatos e refletindo sobre algumas
coisas e me deu vontade de escrever. Eu sou de uma pequena cidade de interior que
fica no sul do Paraná. Este ano tem eleições municipais e eu lembrei algumas
coisas que aconteceram há pouco tempo: os vereadores recusaram um projeto para
reduzir o próprio salário (óbvio que fariam isso: é a famosa "Lei de
Gérson": levar vantagem em tudo...), criaram mais um cargo comissionado,
etc.
Mas o que me chama a atenção (e tenho
certeza que de muita gente também) é o fato de alguns já terem sido reeleitos
inúmeras vezes (isso não acontece só no âmbito estadual e nacional). Estão
quase se aposentando no cargo eletivo. Fico pensando: Por que isso acontece?
será que o povo é tão alienado assim? será que alguns têm algum
"esquema" que garante votos de "inocentes úteis"? O que
será que acontece?
Uma coisa interessante, existe uma
fórmula que mostra que para alguém se eleger precisa garantir uma certa quantia de
votos, e esse valor pode ser calculado em função da quantidade de eleitores e
de vagas. Vou apresentar uma versão simplificada do cálculo antes de prosseguir
com minha opinião sobre o assunto.
Lembrando o leitor de que as fórmulas matemáticas neste site são melhor visualizadas na versão desktop (para computador). Na versão para celular talvez não apareçam.
Lembrando o leitor de que as fórmulas matemáticas neste site são melhor visualizadas na versão desktop (para computador). Na versão para celular talvez não apareçam.
Suponhamos que haja uma quantidade $y$
de votos válidos, uma quantidade $v$ de vagas
e que um empate é muito difícil de acontecer. Cada candidato terá pelo menos um
voto a mais que outro. Quantos votos um candidato precisa garantir para ter
certeza que estará entre os $v$ mais votados? Seja $x$ essa quantidade.
Nessas
condições, a fórmula é a seguinte:
$x \ge
\frac{y-(\frac{v^2-v}{2})}{v}$.
É uma aproximação, mas dá para ter uma
ideia. Isso mostra que por exemplo, supondo que certo candidato tenha um “curral
eleitoral” (ou seja, um certo grupo de pessoas que por alguma razão irão votar
nele com certeza) igual a $x$ ou próximo desse valor (só precisa garantir mais
alguns), esse candidato terá uma enorme probabilidade de ser eleito. Lembrando
que é uma suposição, e a fórmula eu coloquei simplificada para não estender
muito esta postagem.
Eu acredito que cada povo tem o governo
que merece. Se alguém “vende” seu voto por qualquer preço que seja, depois não
adianta reclamar que tudo está uma merda. Você é conivente, ajudou a deixar as
coisas nessa situação. O brasileiro só não
é “cidadão” no dia da eleição, todos os outros dias ele vive para reclamar da
política, nem lembra que foi ele mesmo quem escolheu os seus representantes. Como eu disse, depois não adianta
protestar e reclamar.
Um texto
muito bom sobre o assunto assunto pode ser lido aqui: http://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/160117551/reeleicao-de-corruptos-e-o-paradoxo-do-brasileiro
Se a maioria (que escolhe os
representantes) não é consciente das consequências de se fazer mal essa escolha,
então a situação “crítica” tende a se perpetuar. Seja para ganhar algum favor (ou
por medo de perder algum pequeno benefício) a pessoa dá seu voto a “qualquer um”,
não pensando que o prejuízo depois será bem maior. Já ouviu falar que “o barato
sai caro”? É mais ou menos por aí...
Por isso que são sempre os mesmos que “estão lá”, por isso que sou a favor do fim da reeleição. O candidato pode, eventualmente, usar de seu poder e influência para barganhar votos, (por exemplo, oferecendo jantares, churrascos, empregos em época eleitoral, pequenos favores, etc...) contando com a proverbial ingenuidade do povo. Um cargo eletivo é uma responsabilidade, um privilégio e uma honra, não algo para ficar até se aposentar. Mas explique isso para o povão...
Uma vez vi uma daquelas postagens de facebook que eu concordei, dizia algo mais ou menos assim: “é melhor procurar se qualificar, estudar para garantir o futuro por toda a vida, do que usar aquela tática de puxar o saco de algum político para se garantir por quatro anos”. Infelizmente há muita gente que vê a segunda opção como mais vantajosa.
Uma outra coisa que considero um problema são as tais “pesquisas eleitorais”. Muita gente usa como critério de escolha “o candidato que está liderando as pesquisas”. Isso certamente que influencia a decisão de boa parte do povo. Alguns candidatos pensando nisso podem até divulgar resultados fraudulentos para se beneficiar.
Por isso que são sempre os mesmos que “estão lá”, por isso que sou a favor do fim da reeleição. O candidato pode, eventualmente, usar de seu poder e influência para barganhar votos, (por exemplo, oferecendo jantares, churrascos, empregos em época eleitoral, pequenos favores, etc...) contando com a proverbial ingenuidade do povo. Um cargo eletivo é uma responsabilidade, um privilégio e uma honra, não algo para ficar até se aposentar. Mas explique isso para o povão...
Uma vez vi uma daquelas postagens de facebook que eu concordei, dizia algo mais ou menos assim: “é melhor procurar se qualificar, estudar para garantir o futuro por toda a vida, do que usar aquela tática de puxar o saco de algum político para se garantir por quatro anos”. Infelizmente há muita gente que vê a segunda opção como mais vantajosa.
Uma outra coisa que considero um problema são as tais “pesquisas eleitorais”. Muita gente usa como critério de escolha “o candidato que está liderando as pesquisas”. Isso certamente que influencia a decisão de boa parte do povo. Alguns candidatos pensando nisso podem até divulgar resultados fraudulentos para se beneficiar.
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